Kevin fumava maconha todos os dias, às 7h45. Kevin caçava em um cinema pornô no topo de uma ladeira. Kevin alimentava uma Oxum dentro de uma redoma de vidro. Kevin se despediu da analista francesa porque ela fumava um cigarro atrás do outro, soltava a fumaça sobre sua cabeça e repetia “Anham! Anham! Anham!”. Quando não conseguia mais dizer “Anham! Anham! Anham!”, falava bem baixinho: “Désolée mon cher!”. A mãe e a irmã de Kevin o visitavam sempre às sextas-feiras, trazendo junto os três sobrinhos pequenos porque Kevin os amava muito. Até hoje, no gabinete onde Kevin escreve, há uma fotografia em um porta-retrato cor de vinho onde estão sua mãe, sua única irmã e os três sobrinhos: todos sentados em volta da geladeira com a porta aberta. Sua mãe usa uma blusa verde-piscina com uma gola de renda que ilumina a fotografia do lado esquerdo do retângulo. Sua irmã está com um vestido azul com bolinhas brancas. As duas quase sorriem para a câmera. Descrevendo essa cena agora, Kevin ficou muito perturbado e vai parar de escrever porque precisa urgentemente tomar psicotrópicos.