Talvez seja necessário dizer muitas vezes: pesquisar é compartilhar. O que mesmo? Compartilhar, antes de tudo, perguntas. Não é fácil demais? Poderia ser, não fosse também um compartilhamento de possíveis respostas. Pesquisar é compartilhar temas, preocupações e hipóteses de trabalho. De certo modo, portanto, pesquisar é sempre operar em rede. Só de certo modo, claro, pois existem os que ainda gostam de pesquisar solitariamente. No cenário atual da pesquisa, num mundo de extrema complexidade e de informações acumuladas em níveis jamais imaginados antes, as aventuras solitárias tornam-se cada vez mais anacrônicas ou arriscadas demais. Nas páginas que seguem o leitor encontrará parcerias em nível regional, nacional e internacional. Pesquisadores de instituições gaúchas, de outros Estados brasileiros, da Europa, da África. Pesquisadores de diferentes horizontes focados na compreensão dos mais diversos fenômenos comunicacionais: imagens e imaginários, poderes e contrapoderes, métodos e desconstruções, telas, dispositivos e seres humanos. Um leque de possibilidades unificadas por esforços comuns de levantamento de dados, de análises e de propostas de interpretação ou de estruturação da pesquisa. Pesquisar tecnologias e objetos para situar o humano num paradigma pós-antropocêntrico. Um novo humanismo? Um pós-humanismo? Onde estamos agora? Mais do que nunca as ciências humanas têm um papel a desempenhar na compreensão do universal comunicacional, possivelmente o mais característico elemento da sociedade atual. Pesquisar é compartilhar, vale dizer, trabalhar em redes.